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A Psicologia por Trás do Procrastinação

Descubra as raízes psicológicas da procrastinação e aprenda a vencer o adiamento para alcançar maior produtividade e sucesso

A procrastinação é um fenômeno comum que afeta muitas pessoas em suas vidas diárias. É a tendência de adiar tarefas ou compromissos que precisam ser realizados, muitas vezes em favor de atividades mais agradáveis ou menos desafiadoras. A psicologia por trás deste comportamento é um tópico de grande interesse e pesquisa.

Uma vez que, entender suas causas e mecanismos pode ser fundamental para superá-la e melhorar a produtividade. Neste artigo, exploraremos as principais teorias e fatores psicológicos que estão envolvidos na procrastinação, bem como estratégias e dicas para combatê-la.

O que é a Procrastinação?

Procrastinação é um termo que deriva do latim procrastinare, que significa “deixar para o amanhã”. É uma experiência universal que, em algum momento de nossas vidas, todos nós experimentamos. No entanto, quando a procrastinação se torna um padrão prejudicial e crônico em nossas vidas, pode causar estresse, ansiedade, e afetar negativamente nosso desempenho acadêmico, profissional e pessoal.

Esse fenômeno não é apenas uma questão de falta de autodisciplina ou preguiça. Ela tem raízes profundas na psicologia humana, sendo influenciada por uma série de fatores, incluindo a tomada de decisão, regulação emocional, autocontrole e motivação. Neste artigo, examinaremos esses fatores e as teorias por trás da procrastinação.


Teoria do Adiamento Irracional

Para dar início aos tópicos das Teorias da Procrastinação, vamos apresentar a teoria do adiamento irracional, proposta por Piers Steel, que sugere que isso ocorre quando o valor imediato de adiar uma tarefa é maior do que o valor a longo prazo de concluí-la. Em outras palavras, as recompensas instantâneas, como assistir a um vídeo engraçado na internet, muitas vezes superam as recompensas futuras de concluir uma tarefa tediosa ou desafiadora.

Essa teoria destaca a importância da impulsividade e da preferência por gratificação instantânea, que são comuns em pessoas propensas à procrastinação. O cérebro humano tende a valorizar recompensas imediatas sobre recompensas futuras, o que pode levar à procrastinação.

Teoria da Autodeterminação

A Teoria da Autodeterminação, desenvolvida por Deci e Ryan, argumenta que a motivação é um fator fundamental na procrastinação. De acordo com essa teoria, quando as pessoas se sentem intrinsecamente motivadas para realizar uma tarefa, elas têm menos probabilidade de procrastinar.

Por outro lado, a procrastinação é mais provável quando a motivação é extrínseca ou quando as pessoas se sentem coagidas a realizar uma tarefa. Portanto, para combater a procrastinação, é importante encontrar maneiras de aumentar a motivação intrínseca, tornando as tarefas mais significativas e envolventes.

Teoria da Autorregulação

A teoria da autorregulação, proposta por Baumeister e Heatherton, destaca a importância do autocontrole na procrastinação. Ela sugere que esse fenômeno ocorre quando a autorregulação é enfraquecida. O autocontrole é um recurso limitado, e o uso excessivo desse recurso ao longo do dia pode levar à fadiga e à procrastinação.

Além disso, esse comportamento pode ser uma forma de evitar emoções negativas associadas a uma tarefa. Por exemplo, se uma tarefa gera ansiedade, a procrastinação pode ser usada como uma estratégia de enfrentamento para adiar o desconforto emocional. Reconhecer e lidar com essas emoções de maneira saudável é essencial para superar a procrastinação e aumentar a produtividade.

Teoria da Autoeficácia

A teoria da autoeficácia, desenvolvida por Albert Bandura, enfoca a crença das pessoas em sua capacidade de executar uma tarefa. Quando as pessoas têm baixa autoeficácia em relação a uma tarefa, elas têm maior probabilidade de procrastinar, pois acreditam que não podem executá-la com sucesso.

Para combater a procrastinação, é importante desenvolver a autoeficácia, o que pode ser alcançado através da definição de metas realistas, da aquisição de habilidades e da construção de um senso de competência. Cultivar uma mentalidade positiva, celebrar pequenos sucessos ao longo do caminho e aprender com os desafios também são passos cruciais para fortalecer a autoeficácia e superar a tendência à procrastinação.

Fatores Psicológicos na Procrastinação

Além das teorias mencionadas, diversos fatores psicológicos podem contribuir para a procrastinação. Alguns dos mais relevantes incluem o perfeccionismo, que pode levar à procrastinação, uma vez que as pessoas muitas vezes adiam tarefas para evitar cometer erros ou porque têm padrões muito altos. O medo do fracasso pode ser paralisante e levar a este hábito.


A evitação de tarefas desagradáveis ou entediantes são frequentemente adiadas em favor de atividades mais atraentes. Este segundo fator pode ser uma forma de lidar com o desconforto emocional associado a essas tarefas. A procrastinação pode ser usada como uma estratégia para regular as emoções. Por exemplo, quando as pessoas se sentem sobrecarregadas emocionalmente, podem procrastinar como uma forma de evitar confrontar suas emoções.


A falta de estrutura e planejamento pode levar à procrastinação, pois as pessoas podem não saber por onde começar ou como abordar uma tarefa. A falta de um plano claro pode ser paralisante. Estabelecer um roteiro passo a passo e priorizar as etapas mais importantes pode ser fundamental para superar essa barreira.

Estratégias para Combater a Procrastinação

Superar a procrastinação requer esforço consciente e autodisciplina. Algumas estratégias para ajudar a combater a procrastinação são definir metas claras, ou seja, estabeleça metas específicas e alcançáveis para suas tarefas. Isso torna mais fácil entender o propósito da tarefa e manter o foco. Envolva-se Emocionalmente, tente encontrar significado e motivação intrínseca em suas tarefas, tornando-as mais envolventes.

Divida as tarefas em partes menores e mais gerenciáveis. Isso torna as tarefas menos avassaladoras e mais fáceis de abordar. Crie um cronograma e estabeleça prazos realistas para suas tarefas e crie um cronograma para cumpri-los. Elimine as distrações, identificando quais as distrações que o levam à procrastinação e limite seu acesso a elas durante as tarefas.

Pratique a autorregulação, aprenda a gerenciar seu autocontrole e evite a fadiga mental, dando-se pausas regulares. Aumente a autoeficácia e trabalhe na construção de sua autoeficácia, adquirindo habilidades relevantes e construindo um senso de competência. Criar um sistema de recompensas e consequências para si mesmo, para aumentar a motivação para concluir tarefas é uma ótima dica.

Conclusão

A procrastinação é um desafio comum que afeta muitas pessoas, mas sua compreensão a partir de uma perspectiva psicológica pode ajudar a desenvolver estratégias eficazes para combatê-la. A procrastinação não é simplesmente uma questão de preguiça, mas é influenciada por fatores como impulsividade, motivação, autocontrole e regulação emocional.

É importante reconhecer esses fatores e implementar estratégias para superar esse tipo de comportamento e melhorar a produtividade. Com autodisciplina, planejamento e uma compreensão mais profunda da psicologia por trás da procrastinação, é possível alcançar um maior senso de realização e sucesso em todas as áreas da vida.

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